Oito Décadas de Impressão:
- André Procópio de Brito Franco

- 9 de dez.
- 3 min de leitura
A Jornada de Manoel Fonseca, o Mestre das Artes Gráficas
Oitenta anos comemorado com louvor
No dia 7 de dezembro de 2025, Manoel Fonseca comemorou seus 80 anos de vida abençoada ao lado da esposa Márcia Bedoia e da filha Samara Fonseca. A celebração aconteceu no Outback Brasília, onde receberam amigos, parentes e irmãos da fé. O almoço foi marcada por homenagens emocionadas, reencontros e gratidão por uma trajetória longa, íntegra e inspiradora.

Em um mundo onde tecnologias nascem e desaparecem em questão de anos, a trajetória de Manoel Fonseca, que completa 64 anos de dedicação à profissão gráfica, é um testemunho raro de resistência, talento e paixão pelo ofício. Aos 80 anos, Manoel continua sendo referência viva de uma era em que a impressão era feita com mãos firmes, olhos treinados e um profundo respeito pela técnica.
O início entre tipos de chumbo
Manoel entrou no universo gráfico ainda menino, aos 16 anos, em uma pequena tipografia de bairro. Naquele tempo, a arte de imprimir exigia força, paciência e precisão. Ele aprendeu a montar tipos de chumbo letra por letra, a entintar cilindros manualmente e a ouvir o som das máquinas como quem escuta um idioma próprio. “Cada máquina tinha sua personalidade”, costuma lembrar. “Se você prestasse atenção, sabia quando ela estava feliz, quando estava cansada ou quando precisava de ajuste.”
A evolução de uma profissão
Ao longo das décadas, Manoel testemunhou — e sobreviveu — a todas as revoluções do setor. Da tipografia à linotipo, do off-set às impressoras digitais de alta resolução, ele nunca enxergou as mudanças como ameaças, mas como oportunidades para aprender.
Nos anos 1970, tornou-se referência regional ao comandar uma gráfica que atendia jornais, escolas, lojas e até órgãos públicos. Era dele a palavra final sobre cores, dobras, cortes e fechamentos de arquivos — muito antes de existir “Ctrl+Z”.
O mestre de gerações
Conhecido pelo rigor e pela generosidade, Manoel formou dezenas de profissionais ao longo de sua carreira. Muitos dos gráficos e designers que hoje atuam no mercado aprenderam com ele as primeiras noções de impressão, acabamento e preparo de arquivos. “Seu Manoel não só ensinou a profissão, ensinou respeito pelo trabalho”, diz um dos ex-aprendizes, hoje empresário. “Ele dizia que o bom gráfico não imprime só papel — imprime confiança.
”A paixão que o tempo não apaga
Mesmo aposentado formalmente, Manoel nunca deixou de frequentar oficinas, visitar gráficas e acompanhar lançamentos de novas tecnologias. Continua folheando livros recém-impressos com o mesmo cuidado de quem aprecia uma obra de arte. Para ele, o cheiro de tinta fresca é memória, nostalgia e identidade. “Enquanto houver alguém disposto a imprimir uma ideia no papel, eu vou estar ali, olhando, aprendendo, ajudando”, afirma.

Um patrimônio humano da indústria gráfica
Celebrar os 80 anos de vida e da sua trajetória profissional de Manoel Fonseca é reconhecer a importância de quem ajudou a construir a história da impressão em Brasília. Sua vida atravessa gerações, tendências e métodos, mas permanece ancorada no mesmo princípio que o guiou desde o primeiro dia: entregar um trabalho honesto, bem-feito e digno do ofício.

Num tempo em que tudo parece descartável, Manoel é a prova de que há histórias que se imprimem não apenas no papel, mas na memória de todos que tiveram o privilégio de cruzar seu caminho, Parabéns Manoel Fonseca, um grande amigo, um grande irmão, firme na fé e nos propósitos de Nosso Senhor, Nosso Deus!





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